Meu Amor Café
- Silvâni Silva
- 11 de set. de 2024
- 1 min de leitura

Todas as manhãs, sem pedir licença,
invades o ar com tua essência densa.
Teu perfume abre a casa adormecida,
e adoças, sem saberes, a própria vida.
Primeiro gole, um susto e um encanto.
Na língua, o amargo vira acalanto.
Não foste bebida, foste lirismo.
Nos anéis da tua fumaça, eu me crismo.
Na xícara, teu corpo escuro, eu desejo.
No frio me vestes. No cansaço, não bocejo.
Cada gole é um rito de calma.
Tu em mim, meu verbo é poema.
Silvâni Silva.