Muitas vezes me descubro
escondida no meu silêncio,
sob meus rabiscos noturnos
e meus pensamentos em labirintos.Â
Observo meus fantasmas internos
e a minha coragem dividida,
num tiquetaquear sem ponteiros,
questionando os enredos da vida.
São tantos entrelaços estrelados,
invadindo os meus sonhos lunares,
minguantes, perturbando a minha paz.
Â
Como gotas de orvalho
que alimentam raÃzes,
ao espalhar beleza e serenidade
para a regeneração da vida,
minha alma, tão magnÃfica,
orvalha a minha estrada, mas
desordena meu planejado roteiro,
espalhando novos desafios.
Assim, entre a ordem e o caos,Â
às vezes perco tempo
tentando matar os meus zumbis,
mas logo perceboÂ
que o mundo sobrevive,
justamente por ser insano.